O corante alimentar é um ingrediente usado para tornar os alimentos para animais de estimação mais atraentes, recriando visualmente a aparência de carnes como carne bovina (vermelha), frango (amarelo dourado) e vegetais (verdes), mas é realmente seguro?O consenso geral e básico é que as cores aprovadas pela FDA devem ser seguras em alimentos para animais de estimação, mas a resposta detalhada é um pouco mais obscura.
O corante alimentar em fórmulas é um assunto controverso no mundo canino, por isso, neste post, mostraremos o que os especialistas têm a dizer e exploraremos a história do corante alimentar.
De que é feito o corante alimentício?
O primeiro tipo de corante alimentar é o natural. O corante alimentar natural é derivado de frutas, vegetais e especiarias, incluindo mirtilos, morangos, açafrão, páprica e suco de beterraba. Alguns donos de cães optam por marcas de ração que usam apenas corantes naturais em suas fórmulas, simplesmente porque se sentem mais confortáveis com isso, a menos, é claro, que o cão seja alérgico a algum dos ingredientes.
O segundo tipo de corante alimentar é o sintético. Esses corantes são frequentemente sintetizados a partir do petróleo e são os mais controversos atualmente. Mais abaixo, explicaremos por que esse é o caso.
História da Coloração Alimentar
Os corantes sintéticos há muito estão envolvidos em controvérsias, provavelmente devido em grande parte à sua história. Para lhe dar um pouco de experiência, no final do século 19, os corantes alimentares eram frequentemente usados em alimentos frescos para esconder o fato de que eles estavam estragando e até continham toxinas perigosas, incluindo mercúrio e arsênico.
No início do século 20, esses corantes foram banidos, mas os corantes de alcatrão de hulha continuaram a ser usados até a década de 1950, quando também foi descoberto que deixavam as pessoas doentes. A década de 1960 marcou uma nova era, na qual os corantes alimentares foram regulamentados com mais cuidado. Hoje, o FDA regula rigorosamente quais corantes alimentares podem ser usados em alimentos e as quantidades que podem ser usadas.
O FDA, que regulamenta alimentos para animais de estimação e humanos, aprova apenas alguns corantes alimentares sintéticos, que são:
- FD&C Azul No. 1
- FD&C Azul No. 2
- FD&C Verde No. 3
- Orange B
- Citrus Red No. 2
- FD&C Vermelho No. 3
- FD&C Vermelho No. 40
- FD&C Amarelo No. 5
- FD&C Amarelo No. 6
Os corantes sintéticos são seguros em alimentos para cães?
Adoraríamos dar a você uma resposta direta de “sim ou não” a esta pergunta, mas, infelizmente, não há uma. Os corantes alimentares aprovados pela FDA em quantidades aprovadas são declarados (pela FDA) como “geralmente reconhecidos como seguros” em alimentos para cães, mas, novamente, este é um tópico controverso, especialmente porque não houve muita pesquisa sobre os efeitos de corantes alimentares em cães e gatos.
Os testes foram realizados principalmente em ratos e camundongos, e os relatórios sugerem que os corantes aprovados pela FDA foram associados a tumores, alergias e hipersensibilidade nesses pequenos mamíferos. O mesmo relatório também detalhou como alguns corantes foram associados aos mesmos problemas em humanos e, possivelmente, hiperatividade em crianças e adolescentes, embora isso seja incerto.
O relatório conclui que esses corantes deveriam ser banidos, principalmente porque sua finalidade é cosmética e não nutricional. Por sua vez, o FDA argumentou que não há evidências suficientes para apoiar a proibição de corantes sintéticos. Além disso, sabe-se que as proteínas dos alimentos para cães são os alérgenos mais comuns em cães que apresentam reações alérgicas relacionadas a alimentos, e o corante alimentar não contém essas proteínas.
Em resumo, mais pesquisas seriam necessárias para que pudéssemos entender completamente os efeitos potenciais dos corantes alimentares em cães e gatos.
O corante alimentar oferece algum valor nutricional?
Não, de jeito nenhum. O corante alimentar é adicionado aos alimentos para cães para atrair mais o dono do que o cão, porque o processo de renderização na produção de alimentos para animais de estimação pode descolorir os alimentos. Os pais de animais de estimação não querem ver a comida de seus cães em uma cor cinza escura, então o corante alimentar faz com que pareça mais com comida de verdade. Por exemplo, um alimento com sabor de carne pode conter corante vermelho para recriar a aparência real da carne.
Outro motivo é que, em alguns casos, os alimentos produzidos podem variar em termos de cor e os fabricantes usam corantes alimentares para garantir que cada lote pareça idêntico.
Conclusão
No mundo moderno, muitas pessoas estão se tornando cada vez mais escrupulosas quando se trata dos ingredientes que entram nas fórmulas de alimentos de seus bebês peludos e, como resultado, estão se inclinando mais para opções rotuladas como “naturais”. Isso é compreensível, dada a longa controvérsia em torno dos corantes alimentares. No entanto, o FDA continua a rotular os corantes aprovados como “geralmente seguros”.
Quando se trata de alimentar ou não o seu cão com fórmulas contendo corantes alimentares aprovados pela FDA, cabe a você tomar uma decisão com base no que você se sente confortável, em qual alimento é recomendado pelo seu veterinário e o que é melhor para o seu cachorro.