A arara-azul, ou arara-azul-pequena, é uma das aves mais raras do mundo. Mas, infelizmente, isso se deve ao fato de que o comércio ilegal, a destruição de seu habitat, a caça humana e outros predadores selvagens levaram ao seu desaparecimento da natureza. De fato, a última Ararinha-azul selvagem foi vista há mais de 20 anos. Agora, de acordo com a Lista Vermelha da IUCN, a Ararinha-azul é considerada extinta na natureza.
Mas, graças a uma equipe global de especialistas e apoiadores apaixonados deste icônico papagaio azul brasileiro, a arara-azul está voltando ao seu habitat natural. Continue lendo para saber mais sobre este lindo passarinho e como os esforços de conservação estão trazendo um pouco de esperança para seu retorno à natureza.
Visão Geral das Espécies
Nome Comum: | Ararinha-azul, pequena arara azul |
Nome Científico: | Cyanopsitta spixii |
Tamanho adulto: | 300 gramas, 22 polegadas |
Expectativa de vida: | desconhecido na natureza; 20-30 anos em cativeiro |
Pertencente à família Psittacidae, a arara-azul é um papagaio também chamado de arara-azul. De tamanho relativamente médio, não é um dos grandes papagaios – como a arara-azul com a qual às vezes é confundido.
É facilmente reconhecido por sua plumagem azul-ciano, um tom relativamente claro que se torna mais claro à medida que se aproxima da cabeça do animal. A separação entre seu corpo e sua cabeça é claramente marcada graças a esse clareamento das penas.
Seus olhos são contornados por um azul ainda mais claro, quase branco. Quanto ao bico, assemelha-se aos de outros papagaios com uma parte superior proeminente que cobre a parte inferior. A arara-azul usava seu bico poderoso para quebrar as nozes das quais se alimentava na natureza.
Origem e História
A Arara-azul recebeu o nome de Johann Baptista von Spix, que descobriu o primeiro espécime no estado da Bahia, nordeste do Brasil, em 1819. Embora esta espécie exista em várias populações cativas, o último indivíduo conhecido na natureza foi extinto em final de 2000, sem quaisquer avistamentos subsequentemente confirmados de indivíduos selvagens. De acordo com a Lista Vermelha da IUCN, a Ararinha-azul é considerada extinta na natureza desde 2018.
Por que a ararinha-azul foi extinta na natureza?
A Arara Spix costumava viver no nordeste do Brasil. Foi encontrado principalmente na Caatinga, uma floresta seca caracterizada pela vegetação composta por árvores e arbustos espinhentos esparsos, uma camada de gramíneas durante a estação chuvosa e um clima semiárido. Infelizmente, este habitat sofreu significativamente com o desmatamento e o aquecimento global. Considera-se que mais da metade da Caatinga desapareceu ou foi alterada de sua superfície original. O desaparecimento e a degradação deste biótopo também são considerados as principais razões para o declínio da Ararinha-azul na natureza.
Além do desaparecimento de seu habitat, esse pequeno papagaio também teve que enfrentar uma ameaça direta: a caça e as armadilhas. Por muitas décadas, a pequena arara-azul foi, de fato, muito procurada. Historicamente, tem sido caçado por sua carne e, mais recentemente, pelo tráfico ilegal de animais silvestres.
A introdução de agressivas abelhas africanas e a construção de infraestrutura no habitat da Arara-azul também aceleraram seu declínio, a partir da década de 1970.
Todas essas ameaças combinadas levaram à extinção da espécie na natureza em 2018.
A arara-azul algum dia voltará à natureza?
Esforços de conservação têm sido feitos há anos para repovoar as araras-azuis na natureza. Infelizmente, a população cativa existente descende de apenas sete aves capturadas na natureza, dificultando a coleta do DNA necessário para os programas de reprodução dessas aves.
Esforços de conservação para salvar a arara-azul
Graças a todos os esforços de conservação que estão sendo feitos pela equipe global de especialistas, programas de reprodução puderam ser implementados e levar, em março de 2020, à chegada de 52 Araras-azuis ao Brasil para sua reintrodução. Antes disso, as aves viviam no Centro de Reprodução e Criação da Associação para a Conservação de Papagaios Ameaçados (ACTP) em Berlim.
Também, Pairi Daiza, uma fundação belga cuja missão é reintroduzir espécies animais em seu habitat natural, tem contribuído para a reintrodução da ararinha-azul no Brasil, em colaboração com a ACTP, o governo brasileiro e o Chico Mendes Instituto (ICMBio).
Este projeto está finalmente começando a dar frutos: de fato, cerca de um ano após o retorno das primeiras 52 araras-azuis da Europa à sua região natal, e pela primeira vez em 30 anos, uma jovem ararinha-azul nasceu na Caatinga brasileira. Este tão esperado nascimento aconteceu no centro de reprodução e reintrodução, inteiramente dedicado à conservação deste magnífico papagaio azul.
Este passarinho simboliza uma etapa essencial em um projeto de conservação que começou com paixão há mais de 30 anos. Graças ao empenho incansável de todos os parceiros, foi possível reformar uma população robusta de Araras-azuis, com grande diversidade genética, mas também reunir todas as condições para uma reintrodução gradual na Caatinga, seu habitat de origem.
Conclusão
Então a arara-azul, que você deve conhecer do filme de animação Rio, pode finalmente começar a prosperar novamente em seu ambiente natural, vinte anos depois de desaparecer na natureza. Este projeto, se bem-sucedido, será o primeiro do mundo; de fato, até agora, o homem nunca conseguiu reintroduzir na natureza uma espécie de ave extinta na natureza. Se você está curioso sobre o andamento desta reintrodução, você pode obter mais informações na Associação para a Conservação de Papagaios Ameaçados (ACTP).
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